O
LOBO DESATENTO
Certa
noite, um lobo andava pela floresta em busca de comida. E já estava empenhado
nessa tarefa havia um bom tempo, sem qualquer resultado prático, quando sentiu
no ar o cheiro de carneiros. “Até que enfim!”, foi o pensamento que lhe veio à
cabeça de imediato, e então, imaginando o que de bom poderia encontrar mais
adiante para aplacar a fome que sentia, ele caminhou rapidamente na direção que
o seu faro indicava.
Logo
à frente, as árvores davam lugar a uma grande área coberta de relva, e era
nesse pedaço de chão que os carneiros descansavam protegidos por um cão. O lobo
não se preocupou com isso. O que fez foi sair andando passo a passo, o mais
devagar que podia, procurando se aproximar do ponto que ficava mais distante do
vigia, onde algumas das possíveis presas dormiam sossegadas.
E
já estava quase lá, quando uma de suas patas traseiras descuidou-se um momento
e pisou em um pedaço de tábua já meio apodrecido. Esta rangeu sob o peso do
animal, e o barulho que fez soou tão alto em meio ao silêncio da noite que
acordou o cão de guarda, fazendo-o sair na mesma hora em perseguição ao lobo
desastrado. Que por sua vez, coitado, não teve outra coisa a fazer senão fugir
em desabalada carreira, esfomeado e sem alimento.
Moral
da história:
Quem não presta atenção no que faz, algum dia vai acabar se metendo em apuros.
Disponível
em: <http://www.fernandodannemann.recantodasletras.
com.br>.
Acesso em: 5 abr. 2010.
Nesse
texto, o que deu origem aos fatos narrados foi o
A) cão perseguir o lobo quando ele
pisou na tábua.
B) cão vigiar os carneiros que dormiam
sossegados.
C) lobo andar desatento à noite pela
floresta.
D) lobo sentir cheiro de carneiros na
floresta.
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(PROEB). Leia o texto abaixo e responda.
O
MACACO E A VELHA
Havia
uma velha, muito velha, chamada Marocas. Ela possuía um lindo bananal.
Mas
a coitadinha da velha comia poucas bananas, pois havia um macaco que lhe
roubava todas.
Um
dia, Marocas, cansada de ser roubada, teve uma ideia. Comprou no armazém vários
quilos de alcatrão e com ele fez um boneco. Colocou-o num grande tabuleiro e o
levou para o meio do bananal, pensando em dar uma lição no macaco.
Logo
que Marocas voltou para casa, lá veio o macaco Simão de mansinho.
Quando
avistou o boneco, zangou-se pensando que ele lhe roubava as bananas.
O
macaco, muito zangado, deu-lhe uns sopapos, ficando com a mão grudada no
alcatrão. Deu-lhe um pontapé. Ficou preso no boneco também o seu pé. O macaco
deu, então, uma cabeçada e ficou todinho grudado.
Marocas,
saindo do barraco, pegou o chicote e surrou o macaco e só parou, quando Simão,
dando três pulos, desgrudou-se do alcatrão e fugiu. Certa manhã, Simão teve uma
ideia para se vingar da velha Marocas. Ele entrou numa pele de leão que
encontrou na floresta. Pulou o muro da cada da velha e escondeu-se no bananal.
Quando
a velha apareceu, Simão soltou um urro terrível e deu-lhe um bote. A velha
gritou e tentou fugir, mas, naquele alvoroço, caiu bem no fundo do poço que
havia no quintal.
O
macaco, vendo o perigo que ela corria, ficou muito triste, pois queria
assustá-la, mas não matá-la. Saiu bem rápido de dentro da pele e, olhando em
volta, subiu num pé de jamelão, pegou num galho bem grosso e espichou bem o
rabo até o fundo do poço.
Os
gritos chamaram a atenção dos vizinhos que, chegando ao bananal,
surpreenderam-se com a cena.
O
macaco fazendo força, trazendo Marocas dependurada no seu rabo. Depois desse
dia, as coisas mudaram, Marocas e o macaco ficaram amigos. Era uma beleza! Ela,
em vez de pancadas, dava-lhe bananas e doces.
CAPPELLI,
Alba; DIAS, Dora. O macaco e a velha. Coleção Lua de Papel. FTD. “Adaptado:
Reforma ortográfica.
O
que deu início à briga entre Marocas e o macaco?
A)
A lição que Marocas deu no macaco.
B)
A surra de chicote que o macaco levou.
C)
O boneco roubar as bananas do macaco.
D) O macaco comer as
bananas da Marocas.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo.
Conto
de todas as cores
Eu
já escrevi um conto azul, vários até. Mas este é um conto de todas as cores.
Porque
era uma vez um menino azul, uma menina verde, um negrinho dourado e um cachorro
com todos os tons e entretons do arco-íris.
Até
que apareceu uma Comissão de Doutores – os quais, por mais que esfregassem os
nossos quatro amigos, viram que não adiantava. E perguntaram se aquilo era de
nascença ou se...
—
Mas nós não nascemos – interrompeu o cachorro. – Nós fomos inventados!
QUINTANA,
Mário. A vaca e o hipogrifo. 3 ed. Porto Alegre, L&P, 1979.
Nesse
texto, o narrador é um
A)
cachorro.
B)
doutor.
C)
escritor.
D)
menino.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo.
O
Fazendeiro, seu Filho e o Burro
Um
fazendeiro e seu filho viajavam para o mercado, levando consigo um burro. Na
estrada, encontraram umas moças que riram e zombaram deles:
–
Já viram que bobos? Andando a pé, quando deviam montar no burro?
O
fazendeiro, então, ordenou ao filho:
–
Monte no burro, pois não devemos parecer ridículos.
O
filho assim o fez. Daí a pouco, passaram por uma aldeia (...) e uns velhos que
comentaram:
–
Ali vai um exemplo da geração moderna: o rapaz, muito bem refestelado no
animal, enquanto o velho pai caminha, com suas pernas fatigadas.
–
Talvez eles tenham razão, meu filho, disse o pai. Ficaria melhor se eu montasse
e você fosse a pé.
Trocaram
então as posições.
Alguns
quilômetros adiante, encontraram camponesas, as quais disseram:
–
A crueldade de alguns pais para com os filhos é tremenda! Aquele preguiçoso,
muito bem instalado no burro, enquanto o pobre filho gasta as pernas.
–
Suba na garupa, meu filho. Não quero parecer cruel, pediu o pai.
Assim,
ambos montados no burro, entraram no mercado da cidade.
–
Oh!! Gritaram outros fazendeiros que se encontravam lá. Pobre burro,
maltratado, carregando uma dupla carga! Não se trata um animal desta maneira.
(...) Deviam carregar o burro às costas, em vez de este carregá-los.
O
fazendeiro e o filho saltaram do animal e carregaram-no. Quando atravessavam
uma ponte, o burro, que não estava se sentindo confortável, começou a escoicear
com tanta energia que os dois caíram na água.
Fábulas
de Esopo. www.clubedobebe.com.br
O
problema que dá origem à essa história é
A) o fazendeiro e seu filho queriam
agradar a todas as pessoas e não conseguiam.
B) o fazendeiro e seu filho precisavam
chegar rapidamente ao Mercado da Cidade.
C) o burro estava muito cansado de
caminhar.
D) o burro estava
sendo muito maltratado.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo.
Clementina,
a gata
Clementina
era uma gata de telhado, dessas gatas listradas. Vivia namorando, miando e
tendo gatinhos. Mas era mais pra namoradeira do que pra mamadeira, quer dizer:
não cuidava muito bem dos fi lhotes. Vivia esquecendo de dar de mamar.
Ainda
bem que Boby cuidava! Boby também era bassê, da mesma raça de Sua Avó. Se você
não leu a história de Sua Avó, bem feito, vai pensar que estou falando de
pessoa de sua família, Deus que me livre! É que Sua Avó era o nome de um cachorro
que tive, quando era menina, da mesma raça de Boby, que tive quando meus fi
lhos eram meninos.
Boby
cuidava dos gatinhos de Clementina. Só não dava de mamar, por motivo de Boby
ser macho. Mas mãe como Boby nunca vi igual!
Boby
chamava Clementina de três em três horas, para a desalmada vir alimentar os
gatinhos. Clementina, muito namoradeira, não queria vir, fi cava requebrando em
frente do portão, esquecida de que era uma senhora gata com obrigações
familiares.
ORTHOF,
Sylvia. Os bichos que tive. Ed. Salamandra, 2006, pág. 61. Fragmento.
Quem
conta essa história é
A)
o Boby.
B)
o cachorro.
C)
a Clementina.
D) a narradora.
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Leia
o texto abaixo.
João
e o pé de feijão
Era
uma vez um menino chamado João, que vivia com sua mãe longe da cidade.
Um
dia, a mãe de João disse: “Joãozinho, acabou a comida e o dinheiro. Vá até a
cidade e venda nossa vaquinha”.
João
foi e no caminho, encontrou um homem que o convenceu a trocar a vaquinha por
sementes de feijão. “Com estas sementes de feijão jamais passarão fome.” João
acreditou e trouxe as sementes para casa.
Quando
a mãe de João viu as sementes, ficou furiosa. Jogou tudo pela janela. Na manhã
seguinte, João levantou com muita fome e foi até o quintal. Ficou espantado
quando viu uma enorme árvore que ia até o céu. Nem chamou sua mãe. Decidiu
subir pelo pé de feijão até chegar à copa.
Ficou
maravilhado ao encontrar um castelo nas nuvens e quis vê-lo de perto, quando
uma mulher enorme surgiu e o agarrou: “O que faz aqui menino? Será meu escravo.
Mas o gigante não pode saber, por isso vou escondê-lo. Se ele vir você, com
certeza vai comê-lo.”.
O
gigante chegou e sentou-se à mesa, comeu e depois ordenou a uma galinha
prisioneira que pusesse um ovo de ouro e a uma harpa que tocasse uma bela
melodia. Vendo que a mulher havia se esquecido dele, João saiu do armário e,
rapidamente, libertou a galinha e também a harpa.
Mas
a galinha cacarejou e a harpa fez um som estridente despertando o gigante.
Com
a galinha debaixo do braço e a harpa na outra mão João deslizou pelo tronco do
pé de feijão, o qual cortou deixando o gigante preso nas alturas.
Uma
História para cada dia do ano. Ed. Brasileitura. p. 64.
A
personagem principal dessa história é
A)
o gigante do castelo.
B)
o menino João.
C)
a mãe de João.
D)
a mulher enorme.
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Leia
o texto abaixo a abaixo e responda.
CORAÇÃO
CONTA DIFERENTE
7
X 5 = 45 ...
O
Renato começou a rir e cochichou comigo:
–
Essa menina é meio lelé.
Eu
não ri nem falei nada. Mas uma coisa, lá dentro da minha cabeça, me disse que 7
X 5 = 35. Como foi a Adriana que tinha escrito no quadro, eu não percebi o
erro. Aquele 4 que ela desenhou tão certinho no lugar do 3 era tão bonito! Até
os números da Adriana são lindos!
–
Tá errado, tia! Tá errado! – gritou, toda esganiçada, a Carina.
A
tia então mandou a Adriana sentar. [...]
Ela
ficou com a cabeça abaixada um tempão. [...]
Aí,
arranquei a beiradinha da última página do meu caderno e escrevi:
Não
liga, Adriana.
O
45 que você escreve é tão lindo quanto o seu cabelo.
[...]
Fiz bem depressa uma bolinha com o bilhete dobrado, mirei joguei. Ela caiu no
colo da Adriana.
ALBERGARIA,
Lino de. Coração conta diferente. 3.ed. São Paulo: Scipione, 1994.
Fragmento.
Quem conta essa
história é
A)
a menina que errou a tabuada.
B)
a menina que gritou “Tá errado!”.
C)
o menino que começou a rir.
D)
o menino que escreveu o bilhete.
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Leia
o texto abaixo.
Guiando
a Boiada
Boi,
boiada, boiadeiro,
Boiadeiro,
boi, boiada,
Vai
correndo pela estrada,
Levantando
o pó do chão.
Vai
tangida pelo medo,
Vai
tangida pela morte,
Vai
tangida pela sorte,
Como
o povo pela rua...
Não
sabe para onde vai
Mas
a coisa mais segura,
É
o caminho derradeiro.
Boi,
boiada, boiadeiro,
Seguindo
na estrada escura.
Ruth
Rocha. Boi, boiada, boiadeiro. São Paulo: Quinteto Editorial, 1987.
Essa
história se passa
A)
na estrada.
B)
na rua.
C) no frigorífico.
D) no sítio.
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(SAVEAL).Leia o texto a seguir
e responda.
O pastor e seus carneiros
Um pastor levou seus carneiros para
uma floresta de carvalhos. Sob uma enorme árvore cheia de frutos, ele estendeu
seu casaco. Depois subiu para sacudi-la e assim os frutos cairiam. Mas os
carneiros comeram indistintamente as bolotas e o casaco. Quando desceu, vendo o
que tinha acontecido, o pastor exclamou:
― Suas bestas, aos outros vocês dão
sua lã para abrigá-los, a mim que lhes dou o sustento, vocês destroem até o
casaco!
Muita gente, sem se dar conta, serve a
desconhecidos e faz mal aos que lhes são próximos.
(ESOPO 550 a.C. Fabulas de Esopo.Trad.
Antonio Carlos Vianna.
Porto
Alegre: L&PM, 1997. p.157.)
O texto “O pastor e seus
carneiros” é
(A)
uma carta contando o que os carneiros fizeram com o casaco.
(B)
uma fábula que ensina uma lição de moral a partir de um fato.
(C)
uma notícia de um fato que ocorreu com o pastor.
(D)
um poema sobre a vida do pastor e seus carneiros.
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